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Governo investe R$ 1,8 bi para descentralizar cirurgias no Mato Grosso do Sul


Pacientes de diversas regiões são operados perto de casa com apoio do Governo do Estado
Pacientes de diversas regiões são operados perto de casa com apoio do Governo do Estado Por: Soares Filho | 03/07/2025 13:29

O projeto de regionalização da saúde já proporciona atendimento de qualidade em vários municípios de Mato Grosso do Sul. Com a descentralização, hospitais do interior realizam cirurgias diversas, reduzindo o tempo de espera e permitindo que os pacientes recebam cuidados mais próximos de suas residências, o que melhora a recuperação pós-operatória.

Ezequias Moreira, de Dourados, foi um dos beneficiados com a iniciativa. "Meu problema foi causado por artrose. A cirurgia em Rio Brilhante foi rápida e eficiente. Eu sofria muito, não conseguia nem andar. Agora estou em recuperação e fazendo fisioterapia", contou. Casos como o de Ezequias também ocorreram em Ponta Porã, Coxim, São Gabriel do Oeste e outros municípios.

Segundo Daniel Rayckson Santos, secretário de Saúde de Costa Rica, a parceria com o Governo do Estado tem sido essencial. "Conseguimos diminuir o tempo de espera e atender pacientes de diferentes cidades. O objetivo é exatamente esse: desafogar os grandes centros e garantir um atendimento eficiente nas regiões", afirmou.

Em Rio Brilhante, mais de 700 pacientes já foram atendidos desde 2023 em cirurgias ortopédicas, urológicas e outras. "Com apoio do Estado, investimos em infraestrutura e nos tornamos referência em ortopedia", explicou a secretária Lívia Baungaertner. A cidade ainda deve iniciar novas cirurgias nas próximas semanas.

Em Coxim, a regionalização tem avançado com a inclusão de novas subespecialidades e ampliação das cirurgias. "Os pacientes de outras cidades confiam em nosso atendimento. Trabalhamos para mostrar que aqui também há qualidade, conforto e agilidade", destacou Fernanda Berigo, secretária municipal de Saúde.

O novo modelo da Secretaria Estadual de Saúde prevê cinturões de média complexidade ao redor das cidades de alta complexidade: Campo Grande, Dourados e Três Lagoas. "Com financiamento adequado, os hospitais do interior deixaram de depender das capitais. Agora, eles têm condições de atender mais e melhor", disse o secretário Maurício Simões.

Para viabilizar o modelo, o Estado investiu R$ 1,8 bilhão desde 2023 em obras, equipamentos e contratação de profissionais. A regionalização permite que casos simples sejam tratados localmente, reduzindo deslocamentos e sobrecarga nos grandes centros.

Apresentado aos deputados estaduais, o novo modelo de financiamento prevê incentivo fixo para funcionamento e incentivo variável baseado na produção. "Com isso, ampliamos atendimentos e incentivamos os hospitais menores a realizarem mais procedimentos", explicou Simões. A expectativa é reduzir filas, melhorar o acesso à saúde e fortalecer a assistência no interior de MS.

Soares Filho (Redação)



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