O Ministério Público Federal em Mato Grosso do Sul (MPF-MS) abriu um inquérito civil para investigar a falta de efetivo, ou o baixo número dele, na Delegacia da Polícia Federal em Ponta Porã.
A investigação acontece em meio a uma ofensiva do tráfico de drogas sobre o Estado, que pode ser notado pelo aumento de apreensões de entorpecentes, principalmente a cocaína.
De acordo com a apuração, as investigações começaram em dezembro de 2021, por meio de um Procedimento Preparatório para “verificar e buscar solução para eventuais problemas de falta de estrutura tecnológica para fazer frente à vasta quantidade de informações amealhadas nas diversas operações policiais no âmbito da Delegacia de Polícia Federal em Ponta Porã, bem como para solucionar eventual dificuldade provocada pela escassa e inadequada quantidade de servidores lotados nessa mesma unidade policial”.
Durante esses meses de a investigação preliminar, chegou à conclusão de que havia um número baixo de efetivo na delegacia da PF, localizada na fronteira entre Mato Grosso do Sul e Paraguai, a região mais sensível do Estado em relação ao tráfico de drogas.
“Apurar eventual dificuldade provocada pela escassa e inadequada quantidade de servidores lotados nessa mesma unidade policial”, diz a investigação que foi publicada ontem no Diário Oficial do Ministério Público Federal de Mato Grosso do Sul. A publicação é assinada pelo Procurador da República, Alexandre Aparizi.
Segundo fontes do Correio do Estado, o problema relacionado à estrutura precária da Delegacia de Ponta Porã já estava em fase de ser solucionado, já que há um processo licitatório em andamento para a construção de uma nova sede.
Ainda conforme informações obtidas pela reportagem, a unidade é uma das principais da Polícia Federal do País em relação à atuação contra o tráfico de drogas. Recentemente, inclusive, foi criado um Grupo Especial de Investigações Sensíveis (Gise) na unidade, que funciona de forma independente do restante da delegacia.
A reportagem tentou contato com a Polícia Federal e com o Sindicato dos Policiais Federais de Mato Grosso do Sul (Sinpef-MS), mas nenhum dos dois órgãos prestou esclarecimento sobre a investigação até o fechamento desta edição.
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