Ainda sem saber quem está por trás do assassinato do cunhado, José Carlos Acevedo, a prefeita interina de Pedro Juan Caballero administra a cidade que faz fronteira com Mato Grosso do Sul sob forte esquema de segurança. Agentes da Polícia Nacional cercam o prédio e vigiam o gabinete de Carolina Yunis Acevedo, que tomou posse na segunda-feira (23). Ela também conta com guarda-costas particulares.
Informações apuradas pela reportagem do Midiamax revelam que além do aparato policial, nas proximidades do prédio onde funciona a prefeitura de Pedro Juan Caballero, um carro blindado ajuda na vigilância ostensiva. Na praça que fica ao lado do local onde o prefeito sofreu o atentado, foram plantadas flores e colocado cartazes pedindo justiça e em defesa da paz.
Segundo relatos de moradores das duas cidades gêmeas, Ponta Porã, a presença de tropas policiais na rua ainda é visível, mas não como o mesmo efetivo aos dias subsequentes ao atentado. Helicópteros da Força Aérea Paraguaia e também da Polícia Federal, fazem frequentes sobrevoos sobre a cidade.
Antes de tomar posse, como prefeita interina por ser presidente da Câmara Municipal e por força da Lei Orgânica do Município, que não tem a figura do vice, Carolina já relatava preocupação com a sua própria segurança.
"Não é só medo, estou apavorada porque não sabemos mais o que esperar dessas pessoas. Já mataram minha filha, que não tinha absolutamente nada a ver com isso, e agora o prefeito”, afirmou Carolina, sem esconder a preocupação: “A questão é: meu Deus, quem é o próximo?".
Carolina é esposa do governador do Departamento de Amambay, Ronald Acevedo e mãe de Haylée Carolina Acevedo, de 21 anos, que estava entre os mortos da chacina do dia 9 de outubro na cidade fronteiriça. Ela saía de uma festa com mais quatro pessoas quando o carro foi atingindo por mais de 100 disparos.
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